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Mostrando postagens de agosto, 2017

Quadrilha

João amava Teresa, que amava Raimundo Que amava Maria, mas Maria era  tóxica E antes de tudo ter acabado, Raimundo era sempre o culpado. E Maria amava Joaquim, que amava Lili Que não amava ninguém. Mas na verdade Lili se amava, e nela mesmo, se encontrava. Joaquim superou Lili, e passou a amar Joaquina Joaquina que tinha problemas de segurança E em um dia sem esperança Começou uma faculdade que não queria. Então Joaquina amou Pedro E para quem não via Tinha noites em que ele a batia. Pedro que bebia, mas também amava Mariana, uma mulher que era lá da rua e ele queria que fosse sua. Mas Mariana era bem resolvida Publicou um livro e parou de fumar Então foi para fora, viajar. Encontrou uma tal de Lili, e começaram a namorar. Raimundo morreu de desastre E Joaquim casou com uma tal de Victoria Mas essa ai, sabe? Nunca tinha entrado para a história.           - Victor Silveira

Homem museu

  Sou um homem museu. Senti isso hoje, e não é uma coisa tão boa. Coloco meu passado bem em cima do meu presente. É como sentir uma ferida bem aberta. E você pode ver todas as minhas peças em exibição, e entender que todas são sobre coisas que já aconteceram e que me afetam muito. Sei que também tem pessoas museus por ai (um abraço). Fico imaginando como deve ser difícil.   Ouvir uma música e lembrar da pessoa.  Estar em um lugar e lembrar de um momento que viveu ali.   Entender que você não tem mais aquilo.   Estar em um lugar e entender que coisas pesadas aconteceram ali. Mas a gente tem que entender, né? É outra situação, é outro rio. Sinto que sei que é um rio diferente, outras águas, mas que no dia que as coisas aconteceram uma enorme pedra ficou no meio do rio. E aquela pedra, essa bendita pedra, está sendo molhada pelas novas águas. E o que é complicado é que só resta esperar... Um dia não vai doer tanto, e você não vai ter nem percebido que parou de doer. Vão ter