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Uma crise

 Vou pular aquela parte onde peço desculpas sobre estar sumido. Então, sabe, eu tenho ansiedade. Além de ter ansiedade sou por natureza uma pessoa extremamente paranoica então acabo tendo um pensamento "quântico". O que quero dizer é que quando estou diante de uma situação que vai acontecer por exemplo daqui dois dias já imaginei as 838893834265 possibilidades do que pode acontecer ali. Ou às vezes reajo exageradamente a um estimulo que não justifica isso. Algumas coisas geram situações engraçadas e em outras coisas dignas de uma tragédia. Esse texto é basicamente um pensamento que escrevi hoje quando sai do ônibus. Espero que gostem. Ok, ah...Desculpas por estar sumido.

Sobre ter o próprio bunker: Hoje estava no ônibus completamente tranquilo indo fotografar uma amiga minha. Comecei a notar que o trajeto estava demorando mais que o normal e acabei descobrindo que o motivo era o trânsito absurdamente lotado e transtornado. Centenas de carros um atrás do outro movendo-se uma pequena quantia de centímetros enquanto o sinal mudava de vermelho para verde. Isso me fez pensar sobre como tem vários carros no mundo. Estima-se que tem pelo menos um bilhão de carros no mundo, um carro para cada sete pessoas. E, porra, tem sete bilhões de pessoas no mundo. A superpopulação é um problema real. Nascem oitenta e uma milhões de pessoas no mundo por ano, o equivalente a população da Alemanha. 81 milhões. Tanta gente. Em 2050 teremos 9,6 bilhões de pessoas. E se o Elon Musk não conseguir mandar uma parte desse pessoal para Marte? Mas é um povo hostil a humanidade, né? Ficamos bravos se estamos em um ônibus lotado, imagina em um mundo lotado. Talvez a superpopulação cause conflitos. Vai ver alguém leva a sério a Georgia Guidestones e ache que o mundo só deva ter quinhentos milhões de seres o humanos. Eu devia me proteger, né? Juntar comida. Uma guerra tá chegando. Desci do ônibus decidido a construir um bunker... E o trânsito tinha cada vez mais carros. 


Acho que nem todos os textos desse blog tem que gerar uma grande reflexão. Tem horas que só quero contar esse tipo de coisa. Às vezes quero só contar coisas. 


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Botão vermelho

 Quero contar aqui um breve conflito que tenho semanalmente. Faz um tempo que comecei a frequentar a academia, o que sério, já é uma vitória eu estar lá. Achei que ia ser só uma parada relaxante e para extravasar o estresse. Dito isso, eu não contava com o maldito botão vermelho. Ok, eu tenho que explicar isso direito para vocês entenderem.  Estava eu no meu primeiro dia de academia e a treinadora falou para eu ir para a esteira. Ok, pensei, eu vou para a esteira. Subi no aparato e comecei a me sentir o Flash viajando no tempo, até ai tava tranquilo. Quando você passa alguns minutos em algum lugar começa a observar ele. Olhei para a esteira. Tinha um medidor de quilômetros, um de calorias, botões, e então, o maldito botão vermelho. Sabe quando você bate o olho em uma coisa e sabe que aquilo vai te atormentar? Poisé. Vou tentar descrever para vocês esse botão.   Bom, que ele é vermelho vocês já sabem. Ele fica localizado na parte inferior direita do painel da esteira. É gordo

Transborda

 Transbordar envolve cair.  Transbordar significa sair fora, ou sair fora das bordas. Ter em excesso, estar repleto. Transbordar é estar tão cheio que se derrama. É uma coisa linda, mas transbordar envolve cair. Esse texto é só para você se lembrar disso. Quando se transborda a água que ultrapassa o topo do copo derrama pelas beiradas e escorre em gotas até a mesa. Transbordar pode ser o famoso fogo de palha, como diria o Pedro. Aquilo que acende rápido e rápido se vai. Mas transbordar é gostoso. Transbordar é intensidade, uma intensidade e uma entrega tão poderosa que se ultrapassa os limites. Então, meu bem, transborda. Mas transborda consciente. Se lembra que coisas podem ser incrivelmente lindas e em um segundo serem, apenas, legais, sabe? Ou ruins, elas podem ficar ruins também. Se você transbordar vai se encher de si. Vai ter tanto de você ali que só sorrisos vão caber. E pode ser ruim também, você pode transbordar tristeza. Encher o copo de lágrimas. É só isso

Minha irmã é que nem tatuagem.

 É estranho ser um irmão menor. Nos filmes a gente costuma ver o lado do irmão maior e sobre como o irmão menor é um porre, ou inexperiente. Na minha sala da escola todo mundo era o irmão maior, mas eu não, sempre fui o caçula. E ser o caçula é uma experiência no minimo interessante.   Minha irmã é o meu oposto; cinco anos mais velha, meu nome veio do dela, Victória. Se eu fosse um giz de cera ela seria uma caneta bic. Eu estudava, ela ia pra balada; ela era sociável e eu tinha três amigos. Minha irmã me viu crescer, e deve ter sido um processo engraçado ou curioso. Eu era uma criança calada, que internalizava as coisas. Quando criança nós nos mudamos para um bairro longe da cidade e tudo era complicado.   A nossa mãe era professora e fazia faculdade de psicologia, passava o dia fora, meus pais eram separados e nós dois costumávamos viver sozinhos. Dividíamos as tarefas da casa, e minha irmã tinhas as rédeas. Passava o rodo, varria, e fazia todos os trabalhos importantes que