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Desculpa o sumiço


 Desculpa o sumiço, é sério. Foi estranho para mim descobrir que pessoas liam o blog. Quando eu fiz isso aqui achei que meus amigos iam ler. São pensamentos que tenho no decorrer da vida e acabo construindo alguma linha de pensamento de associação absurda. Tipo aliens e mudança, um botão e amor próprio. Mas as pessoas começaram a ler o blog. E isso foi bem estranho, primeiro foram centenas, e às vezes, milhares. Foi quando começaram a me reconhecer na rua, ou puxarem do nada assuntos que falei no blog no meio de conversas com desconhecidos que acabei de conhecer. E não, esse não um texto idiota sobre ser famoso. Eu não sou isso, sei que isso é reconhecimento por trabalho. Só comecei a me sentir um pouco mais responsável sobre as coisas que escrevo. Aqui converso sobre amor próprio, suicídio, essas coisas. 

 E eu não fico sem ideias para o blog, mas acabou que ele tem uma premissa e eu não curto postar coisas que são contra ela. Uma coisa que pouca gente que lê o blog sabe, mas eu escrevo terror. Estudo desde criança roteiro e criação literária, e curto escrever terror. Então grande parte das minhas ideias são para livros ou contos. Ou sobre a natureza assustadora do ser humano. 

Mas essas coisas não se encaixam aqui. Entende? E tenho umas ideias que desisto. Um conto sobre ansiedade, um conto sobre passividade social, texto sobre amar o silêncio. 

Prometo voltar com uma assiduidade nesse blog, e prometo pedir desculpas quando eu descumprir essa promessa. Eu amo vocês, obrigado por lerem. Obrigado, mesmo. De um lado do universo ao outro. 


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Botão vermelho

 Quero contar aqui um breve conflito que tenho semanalmente. Faz um tempo que comecei a frequentar a academia, o que sério, já é uma vitória eu estar lá. Achei que ia ser só uma parada relaxante e para extravasar o estresse. Dito isso, eu não contava com o maldito botão vermelho. Ok, eu tenho que explicar isso direito para vocês entenderem.  Estava eu no meu primeiro dia de academia e a treinadora falou para eu ir para a esteira. Ok, pensei, eu vou para a esteira. Subi no aparato e comecei a me sentir o Flash viajando no tempo, até ai tava tranquilo. Quando você passa alguns minutos em algum lugar começa a observar ele. Olhei para a esteira. Tinha um medidor de quilômetros, um de calorias, botões, e então, o maldito botão vermelho. Sabe quando você bate o olho em uma coisa e sabe que aquilo vai te atormentar? Poisé. Vou tentar descrever para vocês esse botão.   Bom, que ele é vermelho vocês já sabem. Ele fica localizado na parte inferior direita do painel da esteira. É gordo

Transborda

 Transbordar envolve cair.  Transbordar significa sair fora, ou sair fora das bordas. Ter em excesso, estar repleto. Transbordar é estar tão cheio que se derrama. É uma coisa linda, mas transbordar envolve cair. Esse texto é só para você se lembrar disso. Quando se transborda a água que ultrapassa o topo do copo derrama pelas beiradas e escorre em gotas até a mesa. Transbordar pode ser o famoso fogo de palha, como diria o Pedro. Aquilo que acende rápido e rápido se vai. Mas transbordar é gostoso. Transbordar é intensidade, uma intensidade e uma entrega tão poderosa que se ultrapassa os limites. Então, meu bem, transborda. Mas transborda consciente. Se lembra que coisas podem ser incrivelmente lindas e em um segundo serem, apenas, legais, sabe? Ou ruins, elas podem ficar ruins também. Se você transbordar vai se encher de si. Vai ter tanto de você ali que só sorrisos vão caber. E pode ser ruim também, você pode transbordar tristeza. Encher o copo de lágrimas. É só isso

Minha irmã é que nem tatuagem.

 É estranho ser um irmão menor. Nos filmes a gente costuma ver o lado do irmão maior e sobre como o irmão menor é um porre, ou inexperiente. Na minha sala da escola todo mundo era o irmão maior, mas eu não, sempre fui o caçula. E ser o caçula é uma experiência no minimo interessante.   Minha irmã é o meu oposto; cinco anos mais velha, meu nome veio do dela, Victória. Se eu fosse um giz de cera ela seria uma caneta bic. Eu estudava, ela ia pra balada; ela era sociável e eu tinha três amigos. Minha irmã me viu crescer, e deve ter sido um processo engraçado ou curioso. Eu era uma criança calada, que internalizava as coisas. Quando criança nós nos mudamos para um bairro longe da cidade e tudo era complicado.   A nossa mãe era professora e fazia faculdade de psicologia, passava o dia fora, meus pais eram separados e nós dois costumávamos viver sozinhos. Dividíamos as tarefas da casa, e minha irmã tinhas as rédeas. Passava o rodo, varria, e fazia todos os trabalhos importantes que