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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Sobre ser poeta.

 Sempre teve um pouco de poesia dentro de mim. A primeira vez que li poesia foi quando criança e tenho a memória intacta desse dia. Na época eu tinha quatro anos e a biblioteca da cidade ainda tinha cheiro de livro velho, meu pai me levou até lá porque ele estava atrás de algum livro sobre filosofia. Lembro de ficar chocado e adorar o lugar. Todos os livros que conhecia eram os livros que os meus pais tinham e no dia meu pai falou que eu poderia pegar dois. Os dois foram do Ziraldo, peguei Professora maluquinha e Menino maluquinho. Lembro de chegar em casa, ir para a parte de cima do beliche, abrir o livro e ler: Era uma vez um menino maluquinho.  Ele era muito sabido ele sabia de tudo a única coisa que ele não sabia era como ficar quieto. Seu canto Seu riso Seu som nunca estavam aonde ele estava.  Foi a primeira vez que li poesia. Depois na escola li Aquarela e comecei a procurar e rabiscar. Uma mania que cultivo desde a infância é a de preencher os cadernos

Parabéns para mim, vagaMundo.

 Hoje é meu aniversário. Segundo os antropólogos americanos Ralph e Adelin Linton aniversários passaram a ser comemorados no Egito antigo, cerca de três mil anos antes daquele cara que morreu em uma cruz ter vivido. Eu gosto de aniversários e confesso que sempre quis comemorar um, mas por uma série de motivos já passei aniversários bem infelizes. Vide: Passar o aniversário em um hospital. Vide: Convidar trinta pessoas e irem três.  Ano passado não curti tanto. Esse ano estou fazendo a idade que Mary Shelley tinha quando escreveu Frankenstein, 19. Fiquei pensando no que mudou, o que aprendi, o que esqueci. Infelizmente crescer envolve esquecer várias coisas, pequenos detalhes que somem da gente. Ainda queria sentir a diversão de brincar com bonecos, mas grande parte de mim ainda é uma criança. Uma vez li que existem dois tipos de pessoa: as que se descobrem e as que se tornam. As pessoas que se descobrem conforme vão vivendo vão descobrindo seus interesses e vontades. A

Algumas coisas são como andar de ônibus.

Estive sumido, sorry. Queria contar sobre umas coisas que aprendi. Passei o ano novo em um ônibus partindo para uma jornada de três dias em direção ao Paraná. E, velho, algumas coisas são como andar de ônibus. Vamos falar sobre isso? Em uma viagem longa acontecem algumas coisas e quando seu destino é a parada final você acaba notando pequenos detalhes que te chamam a atenção.Quando seu objetivo é o final de uma caminhada longa você vê várias pessoas partindo. No ônibus muitas pessoas sentaram ao meu lado e o destino dessas pessoas eram o final para elas, mas para mim só fazia parte do trajeto. Pessoas sobem. Pessoas descem.  Algumas não falam com você, outras contam histórias de vida.  Estou falando, claro, do mineiro que fugiu para cuba - "As terras de Pablo", disse - e conheceu uma francesa com quem viveu um romance frustado regado a cocaína e noites que ele nunca mais iria se lembrar. Esse mineiro que depois de dezoito anos depois (e vinte e cinco mú