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Mostrando postagens de 2018

O sumiço de Dudu

   Oi, gente! Quando criança eu amava Turma da Mônica, e ainda amo! Resolvi escrever esta história para realizar um sonho de escrever uma história da turminha. Espero que gostem.  Ass: Victor Silveira *** Dudu encarou o prato de comida e fez uma careta. Pra quê jantar, minha gente? Aquela coisa gosmenta, sopa, argh! Dudu empurrou o prato e viu que os pais estavam assistindo TV. Levantou-se e foi até o quintal. Estava de noite e a lua iluminava de forma prateada o balanço de pneu. Dudu sorriu e sentou-se no balanço, empurrou os pés e deu impulso. Ele preferia ficar ali do que ficar comendo aquela coisa nojenta.  Parou. Ouviu um barulho no gramado.O menininho cerrou os olhos atrás de ver algo. Viu duas bolas avermelhadas brilhando na escuridão. Olhos, pensou. Rapidamente algo saiu da escuridão. O menino tentou gritar, mas foi silenciado. Os pais de Dudu viram que o filho não tinha jantado e foram até o quintal atrás de dar uma bronca no garoto, mas encontraram

#Desafio - A verdade sobre os brownies

Às vezes peço para meus amigos me proporem um desafio literário. Basicamente o desafio é eles me darem uma premissa de história e eu tenho quinze minutos para desenvolver um conto a usando. Dessa vez a premissa foi: "A verdade sobre os brownies é que eles estão vivos"  Eis o conto: A primeira verdade sobre os brownies é que eles estão vivos. Duda, que era um brownie de chocolate amargo, observou a vendedora se aproximar da vitrine aonde ele estava. Uma mulher que estava no balcão de atendimento tinha acabado de pedir alguma coisa. Humana ridícula , pensou Duda, deve estar vivendo sua vida no prazer enquanto arruína a de outros. Duda notou que o filho estava nervoso ao seu lado. - Pai... - Se acalme, filho – disse Duda – está tudo bem. - Papai... A vendedora se aproximou e deslizou a mão para dentro da vitrine. - Pai! Pai! - Filho! Calma! Calma! Vai dar tudo cer- A vendedora agarrou o filho de Duda com a mão enluvada e o levou para

garotos perdidos

Convocamos todos os garotos perdidos! Todos os garotos perdidos! Os que estão nas ruas! Os que moram nas luas! Convocamos todos os garotos perdidos. A eles foi concedido uma história. "De piratas?", pergunta um garoto. Outro solta um arroto. "A história é de quê, tio?", pergunta outro. Se passa em um rio - diz o contador - e na cidade ao redor dele.  O contador grita de novo: Convocamos todos os garotos perdidos! Todos os garotos perdidos! Vai ser difícil nos encontrar, pensa um. Já tem anos que a rua é lar.  O que é perdido não está em qualquer lugar. Está ao mesmo tempo... Aqui e acolá.  Os garotos perdidos estão procurando todos alguma coisa. Você viu minha mãe? Me dá um real pro almoço, tio? Tem alguma roupa que o senhor não tá precisando? E os adultos respondem: Fora daqui! Pode ir andando!  Convocamos todos os garotos perdidos porque hoje é noite de história. Nos encontre meia noite quando a lua já for cor de prata. Não vai ser histó

Potter day e sobre reencontrar a magia.

7 anos atrás em uma casa no sul da cidade eu, com apenas 12 anos, caminhei em direção ao meu amigo. Nós paramos um em frente ao outro com um espaço de alguns centímetros. Erguemos as nossas varinhas (que na época eram apenas pedaços de madeira que encontramos na rua) e em seguida as abaixamos. Nos curvamos e recuamos. Contamos até três. Um... Dois... Três... - Expelliarmus! - Gritei. - Rictusempra! - Meu amigo gritou do outro lado. - O Victor falou primeiro - disse meu outro amigo, que estava observando o duelo - ele venceu.  Sorri e olhei para a minha varinha. Nós tínhamos doze anos e eramos Bruxos. Tudo graças a Harry Potter.  ***  Sete anos depois eu preparava meu equipamento fotográfico e pegava um ônibus em direção ao centro. Iria fotografar o Potter day. Meu gosto por Harry Potter tinha se transformado  de alguma forma. Não encontrava mais um pomo de ouro na minha estante ou um brinquedo de um trasgo. Não falava 24h sobre ou discutia sobre feitiços com meus

Este texto não é um pedido de desculpas.

 Esse texto é tudo menos um pedido desculpas. Ei, oi. Como vocês estão? Então, recentemente eu não tenho estado bem. Na verdade não tenho estado bem faz um tempo. Isso fez com que eu parasse muito com esse blog e o principal motivo era porque achava que o Palco vazio tinha uma vibe  positiva. No minimo agridoce. Quero dizer que todos os textos tinham um tom onde eu dizia: Ei, tá tudo uma merda, mas as coisas vão melhorar. E então perdi isso.  Perdi a fé que as coisas podem melhorar e as coisas se encerravam em "tá tudo uma merda". Não vou dizer que estou melhor, mas estou buscando que esteja. Tenho minha lista de patologias e elas atacam forte de vez em sempre e tem momentos que é cansativo lutar. Isso me deixou longe do blog. Todos os textos que escrevi aqui quando entrei nessa fase começavam com desculpas por estar sumido. Mas sabe o que eu queria dizer? Ei, desculpa por estar mal. Ei, desculpa por estar na bad. Ei, desculpa por não estar vendo as coisas

Uma crise

 Vou pular aquela parte onde peço desculpas sobre estar sumido. Então, sabe, eu tenho ansiedade. Além de ter ansiedade sou por natureza uma pessoa extremamente paranoica então acabo tendo um pensamento "quântico". O que quero dizer é que quando estou diante de uma situação que vai acontecer por exemplo daqui dois dias já imaginei as 838893834265 possibilidades do que pode acontecer ali. Ou às vezes reajo exageradamente a um estimulo que não justifica isso. Algumas coisas geram situações engraçadas e em outras coisas dignas de uma tragédia. Esse texto é basicamente um pensamento que escrevi hoje quando sai do ônibus. Espero que gostem. Ok, ah...Desculpas por estar sumido. Sobre ter o próprio bunker: Hoje estava no ônibus completamente tranquilo indo fotografar uma amiga minha. Comecei a notar que o trajeto estava demorando mais que o normal e acabei descobrindo que o motivo era o trânsito absurdamente lotado e transtornado. Centenas de carros um atrás do outro movendo-se

Sobre ser poeta.

 Sempre teve um pouco de poesia dentro de mim. A primeira vez que li poesia foi quando criança e tenho a memória intacta desse dia. Na época eu tinha quatro anos e a biblioteca da cidade ainda tinha cheiro de livro velho, meu pai me levou até lá porque ele estava atrás de algum livro sobre filosofia. Lembro de ficar chocado e adorar o lugar. Todos os livros que conhecia eram os livros que os meus pais tinham e no dia meu pai falou que eu poderia pegar dois. Os dois foram do Ziraldo, peguei Professora maluquinha e Menino maluquinho. Lembro de chegar em casa, ir para a parte de cima do beliche, abrir o livro e ler: Era uma vez um menino maluquinho.  Ele era muito sabido ele sabia de tudo a única coisa que ele não sabia era como ficar quieto. Seu canto Seu riso Seu som nunca estavam aonde ele estava.  Foi a primeira vez que li poesia. Depois na escola li Aquarela e comecei a procurar e rabiscar. Uma mania que cultivo desde a infância é a de preencher os cadernos

Parabéns para mim, vagaMundo.

 Hoje é meu aniversário. Segundo os antropólogos americanos Ralph e Adelin Linton aniversários passaram a ser comemorados no Egito antigo, cerca de três mil anos antes daquele cara que morreu em uma cruz ter vivido. Eu gosto de aniversários e confesso que sempre quis comemorar um, mas por uma série de motivos já passei aniversários bem infelizes. Vide: Passar o aniversário em um hospital. Vide: Convidar trinta pessoas e irem três.  Ano passado não curti tanto. Esse ano estou fazendo a idade que Mary Shelley tinha quando escreveu Frankenstein, 19. Fiquei pensando no que mudou, o que aprendi, o que esqueci. Infelizmente crescer envolve esquecer várias coisas, pequenos detalhes que somem da gente. Ainda queria sentir a diversão de brincar com bonecos, mas grande parte de mim ainda é uma criança. Uma vez li que existem dois tipos de pessoa: as que se descobrem e as que se tornam. As pessoas que se descobrem conforme vão vivendo vão descobrindo seus interesses e vontades. A

Algumas coisas são como andar de ônibus.

Estive sumido, sorry. Queria contar sobre umas coisas que aprendi. Passei o ano novo em um ônibus partindo para uma jornada de três dias em direção ao Paraná. E, velho, algumas coisas são como andar de ônibus. Vamos falar sobre isso? Em uma viagem longa acontecem algumas coisas e quando seu destino é a parada final você acaba notando pequenos detalhes que te chamam a atenção.Quando seu objetivo é o final de uma caminhada longa você vê várias pessoas partindo. No ônibus muitas pessoas sentaram ao meu lado e o destino dessas pessoas eram o final para elas, mas para mim só fazia parte do trajeto. Pessoas sobem. Pessoas descem.  Algumas não falam com você, outras contam histórias de vida.  Estou falando, claro, do mineiro que fugiu para cuba - "As terras de Pablo", disse - e conheceu uma francesa com quem viveu um romance frustado regado a cocaína e noites que ele nunca mais iria se lembrar. Esse mineiro que depois de dezoito anos depois (e vinte e cinco mú

Ok, nós tocamos fogo em uma noiva.

Acho que tudo começou quando o Edison falou: - Victor, nós vamos tocar fogo em uma noiva. Ok, eu pensei, é só um ensaio maluco. Nós vamos acender um foguinho ali no vestido dela e ele vai tirar umas fotos e depois jogamos água.  Foi quando ele apareceu com um galão de diesel.  Nesse ponto você pensa que tudo foi pro brejo e que a menina vai acabar sendo um cosplay de Darth Sidious (quem pegou a referência pegou) e vai ficar com queimaduras de terceiro grau. Mas na verdade tudo foi bem planejado e tinha toda uma segurança.  Estava tudo sobre controle.  Eu adoro ajudar nesses ensaio porque se vocês já leram esse  texto  vão saber que o Edison e o pai dele que me ensinaram a fotografar, então é sempre um aprendizado. Começou na estrada á caminho de Catanduvas onde o pai do Ed tem um sitio. Chegando lá fizemos todo o caminho visitando a cachoeira e o Edison foi esquadrinhando o lugar atrás dos lugares onde iria fotografar.  Colocou os flashs no lugar. Reg